quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Bagunça de vida

Era como se eu estivesse sem chão,
Mas forçava-me a flutuar,
Forçava-me a sorrir,
No meio daquela bagunça,
Já não sabia o que era certo ou errado,
Tudo que eu queria era sentir teu cheiro,
Um abraço que me reconfortasse,
Queria que tudo passasse,
Ou que o tempo voltasse,
Queria apenas estar em paz,
No meio daquela bagunça,
Há cada volta que o ponteiro do relógio dava,
Eu compreendia menos ainda o que acontecia,
E queria mais ainda um impossível,
Que se tornara mais impossível ainda,
No meio daquela bagunça,
As estações continuavam a trocar,
Era primavera,
O friozinho de inverno já começava a se dissipar,
O calorzinho do verão começava a chegar,
Só meu coração continuava sem entender,
Se ficava frio ou quente,
Se batia ou parava,
No meio daquela bagunça.

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