Era 5 horas da manhã, estava caminhando beira mar, apreciando o som do mar, sentindo a brisa fria da manhã. Estava rodeada de amigos, pois estavamos com um destino traçado para caminhada. Após uma subida, cheguei ao topo de um morro e pude obsrvar um lindo céu estrelado que foi substituido por um lindo nascer do sol. Ao olhar para o lado, pude notar que existiam inúmeros casais, e eu estava ali, parada, apreciando a paisagem pensando: "será que vale a pena, construir, se dedicar e chegar ao topo e não ter ninguém com quem compartilhar?" E foi nesse momento, que comecei a pensar em você, com o peito apertado, olhos cheios de lágrimas, me questionando inúmeras vezes se tomei a decisão correta. O dia passou, a noite, a viagem acabou e a rotina voltou ao normal, tão normal, que eu voltei a procurar coisas para me afundar: trabalho, casa, amigos e até busquei o bom e velho vinho. Afundar ou fugir? Porque é tão difícil encarar a realidade? A fuga é tão interessante, parece leve. E depois de tanto e de tudo, eu fico apenas me questionando: "será que existia uma solução?", "será que eu devia ter insistido mais?", "será????".
